sexta-feira, 28 de junho de 2013

28/06/2013 03h56 - Atualizado em 28/06/2013 07h47

Quadrilha mata criança durante assalto na Zona Leste de SP

Seis homens invadiram casa onde moravam duas famílias bolivianas.
Criança levou tiro por chorar durante assalto, segundo a polícia.

Do G1 São Paulo
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Uma quadrilha formada por seis homens matou um menino de 5 anos durante assalto a uma casa onde vivem bolivianos na região de São Mateus, Zona Leste deSão Paulo, na madrugada desta sexta-feira (28). Bryan Yanarico Capcha, que era filho único, foi baleado na cabeça porque chorou durante a ação dos criminosos, segundo a polícia.

Por volta de 1h, quatro ladrões com facas e dois com revólveres invadiram a residência na Rua Frutos de Maio, no Jardim Conquista. Muito agressivos, os crimininosos renderam duas famílias de bolivianos, que moram e trabalham em um ateliê de costura, e recolheram cerca de R$ 4,5 mil.
Assustado com a situação, o garoto começou a chorar. A mãe, que veio há seis meses para trabalhar como costureira no Brasil, disse ter segurado o menino no colo, mas ele não se acalmou. Irritado, um dos criminosos atirou na cabeça do garoto. Ele foi levado para o Hospital São Mateus, onde já chegou morto.

A quadrilha fugiu logo após o disparo. Até o início da manhã, a polícia não tinha pistas dos assaltantes. A perícia foi feita no local. Cinco dos criminosos esconderam o rosto, o que dificulta a identificação e leva a polícia a suspeitar que os ladrões conheciam a família.

O crime foi registrado no 49º Distrito Policial, em São Mateus, mas deve ser encaminhado a uma delegacia especializada em latrocínios do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic).

IPI de móveis e linha branca subirá menos que o previsto, diz Mantega

Alíquotas serão elevadas em relação ao patamar atual, informou ele.
Mas ficarão abaixo da alíquota 'normal'; ministro espera preço estável.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
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IPI 27.06 (Foto: Editoria de Arte/G1)
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (27) que o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos produtos da linha branca e dos móveis, reduzido no ano passado, terá alta abaixo da prevista em julho.
A previsão, anunciada em dezembro, era que os produtos voltassem a ter as alíquotas originais a partir da próxima segunda-feira. O governo, no entanto, vai "fatiar" essa alta, com uma elevação menor do IPI até setembro.
"A partir de setembro, vamos ver. A ideia é a recomposição das alíquotas [para o patamar normal]. Podemos calibrar o tempo disso dependendo da arrecadação, da inflação e das vendas do setor. Por enquanto, está definido que está alíquota vale para setembro. Provavelmente, em setembro vamos elevá-la para o patamar normal", disse Mantega.
Em dezembro do ano passado, o governo federal anunciou um reajuste gradual das alíquotas do IPI  de produtos da linha branca (com exceção de máquinas de lavar, que permanece em 10%) no decorrer deste ano.
IPI da linha branca
Para fogões, por exemplo, a alíquota de IPI, que estava em zero no ano passado, subiu para 2% em fevereiro e a programação é que ela avançaria para 4% a partir de julho deste ano, ou seja, já na próxima segunda-feira (1). Neste caso, porém, ela subirá para 3% entre julho e setembro deste ano.
 No caso de geladeiras e refrigeradores, a alíquota era de 5% até o fim de janeiro, passou para 7,5% em fevereiro e a programação é que ela seria elevada para 15% a partir de julho. Entretanto, segundo informou o ministro da Fazenda, ela será elevada para 8,5% até setembro deste ano.
Para os tanquinhos, o IPI estava em zero no ano passado, subiu para 3,5% em fevereiro e, em julho passaria para 10%. Entretanto, a alíquota subirá para 4,5% até setembro deste ano.
Móveis
No caso dos móveis e painéis, a alíquota, que estava em zero até o fim de janeiro, subiu para 2,5% em fevereiro e a previsão é que subiria, no cronograma original, para 5% a partir de julho. Entretanto, Mantega informou que ela avançará para 3% entre julho e setembro.
Para laminados (PET, PVC e alta resistência), a alíquota do IPI estava em zero até o fim de janeiro, subindo para 2,5% em fevereiro e a programação original é de que avançaria para 15% a partir de julho. Entretanto, segundo anunciou o ministro Mantega, ela subirá para 3% entre julho e setembro.
Para luminárias e lustres, a alíquota estava em 5% até o fim de janeiro, subindo para 7,5% desde fevereiro e, a partir de julho, a previsão é de que voltaria para a alíquota normal de 15%. Neste caso, porém, a alíquota avançará para 10%, informou o Ministério da Fazenda, até setembro de 2013.
No caso do papel de parede, a alíquota normal de 20% caiu para 10% até junho, e passará para 15% entre julho e setembro deste ano.
Preços ao consumidor
Guido Mantega, que conversou na manhã desta quinta-feira com representantes do varejo, informou que a ideia é que não haja aumentos de preços para os consumidores.
"Eu conversei com o setor. Trocamos ideia sobre o impacto destas medidas e a conversa evoluiu no sentido de que [o setor] vai procurar absorver este aumento de tarifas para que o preço [ao consumidor] não se eleve. Tanto o varejo quanto o setor produtor farão esforço para acomodar estas alíquotas para não prejudicar as vendas", declarou Mantega.
Ele disse ainda que o setor se queixou de aumentos de custos de insumos, como aço e madeira, e informou que ficou de estudar como impedir que ocorra um aumento nos preços dos componentes para a produção e para o preço ao consumidor final.
Com a medida, o governo espera arrecadar R$ 118 milhões a mais entre julho e setembro, em relação ao patamar de receitas esperado sem o aumento das alíquotas. Mantega tem reiterado que a meta ajustada de economia para pagar juros (superávit primário) de 2,3% do PIB neste ano, ou R$ 110,9 bilhões, será atingida.
28/6/2013 às 00h03

Oposição quer CPI para investigar gastos com a Copa do Mundo de 2014

DEM e PPS começam a coletar assinaturas para fiscalizar os gastos públicos na competição 
Do R7
Custos com construção de estádios e obras de infraestrutura podem chegar a R$ 63 bilhões, segundo a Consultoria Legislativa do SenadoRoberto Stuckert Filho/15.06.2013/PR
Depois de o governo federal anunciar que a previsão dos custos das obras para a Copa do Mundo de 2014 subiu de R$ 25,5 bilhões para R$ 28 bilhões, dois dos principais partidos políticos da oposição — Democratas e PPS/MD — começaram, nesta semana, a atuar nos bastidores do Congresso para implantar uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito). O objetivo é investigar os gastos públicos para realizar o torneio.  
No mesmo dia em que anunciou o aumento em cerca de 10% dos gastos, o próprio governo admitiu que a conta pode ficar ainda mais cara. Nas contas da Consultoria Legislativa do Senado, a Copa de 2014 será a mais cara da história e pode chegar a custar R$ 63 bilhões para os governos. Para comparar, o governo da África do Sul gastou R$ 14,5 bilhões em infraestrutura e estádios na Copa de 2010.  
O investimento público para fazer a Copa de 2014 virou um dos alvos das manifestações de rua das últimas semanas. Por isso, na última segunda-feira, os parlamentares do PPS/MD iniciaram a coleta de assinaturas para a CPMI. O líder do PPS/MD, deputado federal Rubens Bueno (PR), articula nos bastidores para conseguir a adesão dos parlamentares.
— Vamos iniciar imediatamente a coleta de assinaturas para a CPI e mobilizar os deputados e senadores. Não somos contra o evento, mas contra o modo como o governo federal está conduzindo todo esse processo. É muito dinheiro público em jogo e há indícios de superfaturamento em diversas obras. Ao contrário do que afirmou a presidente Dilma, há sim bilhões do governo federal investidos na Copa. Aí entram aplicações diretas e financiamento de bancos estatais [BNDES, Caixa] em estádios.  
O líder do Democratas no Senado, José Agripino, também quer uma apuração em torno dos gastos do governo para sediar o Mundial de futebol de 2014. Para o parlamentar, “é uma prerrogativa e uma obrigação do Congresso criar uma CPI mista para que, com base nos dados do Tribunal de Contas da União, passe a limpo essa novela da gastança de recursos para o Brasil sediar uma Copa”.  
— Uma das reivindicações da sociedade, que deve ser objeto de reflexão, é a luta contra a corrupção e ficou claramente demonstrada a preocupação das ruas com o custo das arenas. A de Brasília, por exemplo, custou mais de R$ 1 bilhão, envolvendo recursos públicos, sem contar que falam em superfaturamento.  
De acordo com o senador do Democratas, “a ideia está lançada, os contatos com os partidos estão sendo feitos e, na medida em que esse assunto fique claro e maduro, as assinaturas poderão ser coletadas e os trabalhos iniciados”.   
— Em função das denúncias que estão existindo, essa CPI será um bom instrumento para o enfrentamento da corrupção e o atendimento claro e justo da sociedade, que deseja a moralidade na vida pública do país.  
Bueno, deputado do PPS, ressaltou ainda que o TCU (Tribunal de Contas da União) alertou que a atuação preventiva do órgão em algumas obras, ao lado do MPF (Ministério Público Federal) e CGU (Controladoria Geral da União), já assegurou uma economia de pelo menos R$ 600 milhões em verbas públicas aplicadas nos preparativos para a Copa do Mundo.   
— Isso mostra que já existia um direcionamento para o desperdício.  Outro calculo feito por auditoria do TCU aponta que a União já comprometeu R$ 1,1 bilhão com os locais para jogos do mundial de futebol entre subsídios para empréstimos e isenções de impostos para construtoras.  
Copa para ricos  
Além de apoiar uma investigação acerca dos custos da Copa, o presidente nacional do PPS/MD, deputado federal Roberto Freire (SP), destacou ainda que os estádios padrão Fifa vai criar uma divisão ainda maior nas partidas de futebol, já que acabam com cultura do povão nos campos de futebol.   
— Acabamos com a “geral”, com os ingressos populares. Então, o pobre fica de fora. O Lula trouxe a Copa para o Brasil e decretou a exclusão do povão dos estádios.

PF prende espanhol tráfico durante operação no Rio

Ao todo, R$ 20 milhões em bens foram apreendidos. 
Ele vai responder somente por lavagem de dinheiro.

Alba Valéria MendonçaDo G1 Rio
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Polícia na casa do traficante espanhol, em condomínio de luxo na Barra (Foto: Osvaldo Praddo/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)PF na casa do traficante espanhol, em condomínio de luxo na Barra (Foto: Osvaldo Praddo/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
Agentes da Polícia Federal prenderam, durante operação realizada na manhã desta quinta-feira (27), um espanhol de 35 anos suspeito de ser um traficante de drogas com atuação na América do Sul, na Europa e na Oceania. Durante a ação, denominada "Monte Perdido", os agentes apreenderam R$ 20 milhões em bens móveis e imóveis, de acordo com o órgão.
Oliver Ortiz de Zarate Martins foi preso em casa - um apartamento triplex, no Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Contra ele, havia um mandado de prisão por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, Oliver era proprietário da boate The Room, também na Barra, que fechou, e se preparava para abrir outra casa noturna na Lapa, Região Central da cidade.
As investigações contaram com a colaboração da Receita Federal, das polícias de Portugal e da Austrália e de agentes do Drug Enforcement Administration (DEA), dos Estados Unidos.
Estão na lista dos bens sequestrados do espanhol: um lote de 72 mil metros quadrados em Queimados; um lote  de 36 metros quadrados em Queimados; apartamento na Barra da Tijuca; casa no Joá; prédio da boate The Room, na Lapa; filial da The Room, na Barra e a loja da academia Ordeza, também na Barra.
De acordo com o delegado Paulo Telles, Oliver vai responder pelo crime de lavagem de dinheiro  e pode pegar pena de três até dez anos de prisão. Ele explicou que a rota do tráfico de cocaína para a Europa e a Austrália saía direto da Colômbia e seguia para seus destinos num veleiro.
"Ele não trafica no Brasil. Ele é um grande negociador, um grande fornecedor de drogas para a Austrália e a Europa. Na Austrália, o quilo da cocaína custa mais de R$ 100 mil. Aqui, ele era somente um espanhol com visto de permanência legal, casado e com filho. Um empresário, que embora mal sucedido, já que todos seus negócios faliram, tem um patrimônio de mais de R$ 20 milhões", explicou o delegado.
Bens apreendidos e investigação
Na casa do espanhol, a polícia apreendeu uma Ferrari, duas picapes Hilux, uma moto Harley Davidson, R$ 175 mil, US$ 150 mil e €110 mil. Não foram encontradas drogas ou armas.
Ainda de acordo com a PF, o espanhol não era procurado por nenhum organismo internacional, como a Interpol, por exemplo. Telles contou também que as investigações sobre Ortiz começaram há cerca de um ano, a pedido da polícia australiana. O pedido veio depois que os australianos aprenderam um veleiro com 300 quilos de cocaína e prenderam quatro espanhóis.
"Na ocasião a polícia australiana desconfiava de que o veleiro pertencia ao espanhol, mas não tinha como provar e nos alertou para ficarmos de olho nele. Passamos a investigá-lo e com a ajuda da Receita Federal vimos que ele tinha um patrimônio incompatível com os negócios que mantinha no Rio" acrescentou Telles, destacando que Ortiz mora no Brasil desde 2009. 
Ferrari apreendida foi levada para o pátio da Polícia Federal (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)Ferrari apreendida foi levada para o pátio da Polícia Federal (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Oficina de celulares funcionava dentro de presídio da Paraíba, diz secretário

Horário de funcionamento era durante a madrugada.
Equipamento manual de solda,está entre material apreendido.

Do G1 PB
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Uma oficina de conserto de telefones celulares foi identificada funcionando dentro do Presídio Flósculo da Nóbrega, mais conhecido como Presídio do Roger, em João Pessoa. Segundo informações do secretário da Administração Penitenciária, Wallber Virgolino, após um mês de investigações, a oficina foi fechada no final da tarde desta terça-feira (25).

Ainda de acordo com o secretário, a oficina já funcionava há algum tempo no compartimento conhecido como PB04, no Pavilhão 1. O serviço era prestado no local durante toda a madrugada.
 
Foram apreendidos cerca de 10 telefones celulares, várias baterias, material para conserto, equipamento manual de solda, extensão elétrica, chaves de fenda, entre outros equipamentos. A operação foi realizada pelos agentes penitenciários do próprio Roger e da Gerência de Inteligência (Geplasi).

“Os apenados, percebendo a dificuldade de entrarem com celulares para o interior do Presídio do Roger, encontraram outra alternativa de burlarem a Lei, promovendo o conserto de celulares quebrados e deleitosos, possivelmente, enterrados pelos apenados, visando escaparem das constantes operações pente-fino. Enquanto os apenados estão criando alternativas para driblarem a fiscalização, nossos agentes com muito trabalho e tirocínio, estão sempre a frente vencendo essa inacabável luta contra o crime organizado”, declarou Virgolino.

Fla mira topo de ranking e deseja até R$ 70 milhões anuais com o Maraca

Clube promete firmeza por meta estabelecida em negociação com consórcio e prepara segunda contraproposta. Abismo separa acordo entre as partes

Por Cahê MotaPinheiral, RJ
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Rodrigo Toste Flamengo (Foto: Cahê Mota)Vice de finanças, Rodrigo Tostes participa das
negociações pelo Maraca (Foto: Cahê Mota)
Da lanterna para o topo da lista dos clubes que mais arrecadam com estádios no Brasil. Essa é a meta do Flamengo na negociação com o Consórcio Maracanã SA para voltar a mandar seus jogos no palco da final da Copa de 2014. Último colocado entre os 15 presentes em ranking neste tipo de receita, divulgado pelo especialista em marketing e gestão esportiva Amir Somoggi, terça-feira, o Rubro-Negro se impôs um objetivo a curto prazo: em até três anos, conseguir um valor entre R$ 60 e R$ 70 milhões anuais para decretar o retorno a sua casa habitual. O São Paulo, atual líder do ranking, gerou R$ 65,2 milhões com o Morumbi em 2012.

De acordo com a nova diretoria, o Flamengo precisa se pautar em um tripé financeiro que inclui verbas de televisão, patrocinador e receita de jogos para dar um salto de qualidade em um breve período de tempo. Internamente, sabe-se que as cotas de TV estão próximas de um limite desejado e a camisa é a segunda mais valiosa do país - ainda com as mangas em aberto -, faltando apenas uma parceria nos moldes desejados com o Maracanã. A meta traçada não está calculada apenas com bilheteria, inclui todos os fatores que envolvem o jogo de futebol, como camarotes, estacionamento, lojas, ações particulares e até mesmo o programa de sócio-torcedor.
 
Preciso do Flamengo  colocando R$ 70 milhões em caixa em três anos. Nenhuma proposta chega nesse valor. Não é ser flexível
ou não. Tenho
uma meta que preciso atingir"
Rodrigo Tostes
As conversas entre o clube e o trio de empresas responsável pelo estádio seguem normalmente. Após um contato inicial do consórcio, o Fla apresentou uma contraproposta, recebeu uma tréplica e projeta ainda para esta semana uma nova proposta. A realidade, porém, é que ainda há um abismo entre os anseios de ambas as partes no momento. A proposta inicial do Maracanã SA incluía todos os 43 mil lugares atrás dos gols - os mais baratos - para os rubro-negros, possibilidade de participação no museu, criação de loja própria, vestiários temáticos, entre outros fatores que não permitiriam que o clube chegasse perto de seu objetivo, de acordo com estudos, e foi recusada prontamente. Outro fator apontado como negativo foi a não participação em nenhum dos camarotes.

Firme em sua posição, o Flamengo trata o acordo como o "contrato mais importante de sua história" e pega como parâmetros exatamente o sucesso de clubes como São Paulo, Inter e Grêmio, que faturam milhões com suas arenas. Ciente de que o que lhe foi ofertado é consideravelmente mais lucrativo do que foi ao Fluminense, por exemplo, o Rubro-Negro bate o pé de que sua comparação alcança outros níveis. Nem mesmo a possibilidade de rescisão do vínculo que, a princípio, seria de 35 anos aumenta a flexibilidade dos dirigentes, sob alegação de que a diferença entre as possibilidades ofertadas e o valor desejado ainda é muito grande.
estádio Maracanã Copa das Confederações (Foto: AP)Rubro-Negro quer que o Maracanã volte logo a ser sua casa no Rio de Janeiro (Foto: AP)


Líder do grupo que comanda as negociações, e conta com a consultoria da Fundação Getúlio Vargas, o vice-presidente de finanças rubro-negro, Rodrigo Tostes, atendeu o GLOBOESPORTE.COM para comentar o assunto. Reforçando o objetivo traçado, ele foi firme em dizer que o clube não aceitará a desvalorização de sua marca.

- Por que um clube quer ter um estádio? Para poder ter receita. Ninguém quer ter prejuízo. Independente de onde você vai fixar sua casa, no fim da linha do trem o que se busca é uma receita que possa ser reinvestida no clube. Nossa negociação é pautada toda com essa premissa. O Flamengo precisa em dois ou três anos ter uma receita de jogo, ingressos e tudo que envolve, na ordem de R$ 60, R$ 70 milhões/ano. Traçamos essa meta. O Flamengo sabe o quanto precisa e se valoriza.

Mais do que valores exatos oferecidos, Tostes chama a atenção para o conceito desejado pelo clube. Independentemente de maneira como a cifra será alcançada, seja por ações promovidas particularmente ou por uma cota paga pelo consórcio, o mais importante é cumprir as expectativas.

- A questão é o conceito. Sabemos fazer conta. Não estou muito preocupado com a proposta que eles vão dar. Se vão oferecer 50 pulseiras, dois relógios e 85 coisas.... O que preciso é fazer uma conta que o Flamengo esteja colocando cerca de R$ 70 milhões em caixa em três anos. Nenhuma proposta recebida chega nesse valor. Não é ser flexível ou não. Tenho uma meta que preciso atingir. Fechar algo que não me permita isso é jogar por água abaixo todos os planos que temos. Quem tem pressa são eles, não eu. Eu preciso é definir onde vou jogar o segundo semestre, até para passar uma programação.
 
Qual o melhor dos mundos? Ter o Maracanã como seu estádio e ter a receita como se tivesse um estádio."
Rodrigo Tostes
Enquanto as negociações pelo Maracanã não avançam, o Flamengo segue recebendo propostas para mandar seus jogos ao redor do país. O confronto com o Coritiba, dia 6, por exemplo, deve ser confirmado em breve para Brasília. A direção acredita que o conhecimento deste leque de opções pode ser positivo até mesmo na negociação, mas não descarta mandar jogos aleatoriamente no estádio mais importante do Rio de Janeiro.

- Há uma diferença muito grande entre não fechar um contrato permanente e não jogar no Maracanã. O Flamengo pode chegar e jogar no estilo de show. Dizer que tem três jogos para jogar lá e saber a proposta para isso. Já demos uma grande resposta do que podem esperar de nós em Brasília (na estreia contra o Santos, que teve a maior renda da história do futebol brasileiro em jogos entre clubes). Só não vamos fechar um contrato permanente para sermos competitivos no mercado.

Caso as tratativas fracassem, o Fla não descarta a construção de um estádio próprio. Há um consenso, entretanto, de que um acerto pelo Maracanã seria a opção mais viável, até mesmo para que o retorno financeiro aconteça a curto prazo. Paralelamente a isso, investidores já buscaram o clube para comentar a possibilidade de construção de uma arena. Tostes, por sua vez, é objetivo ao analisar a possibilidade.

- O plano B, que seria ter um estádio, precisaria de tempo para construir, terreno, localização, licença para construir isso.... Além de ter que colocar alguém para construir que vai cobrar esse investimento via receita. Então, qual o melhor dos mundos? Ter o Maracanã como seu estádio e ter a receita como se tivesse um estádio.

As cartas estão na mesa. Resta saber se o Flamengo conseguirá chegar ao topo do ranking com elas.
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829 COMENTÁRIOS


  • Corta Pra18em 42 segundos
    sim..vai no google e digita por M A L A S TV .. la tem os videos amadores da ex do neymar nua.. levou ate na piiii.. boa demiass.. ne virus naooo, rssss
  • Alberto Mattos49 segundos atrás
    piada, ninguem vai pagar pra ver esse tmeco...
  • Moises Santos4 minutos atrás
    BOTAFOGO E FLU JÁ ESTÃO ACERTANDO COM O CONSORCIO. VAI SOBRAR O ENGENHÃO PARA O FLAMENGO, POIS O BOTAFOGO JÁ ESTÁ DEVOLVENDO PARA A PREFEITURA.